Neto de Patativa do Assaré segue os caminhos do avô na poesia

        Poeta Daniel escreveu os primeiros versos com apenas oito anos        de idade

     Foto: Divulgação

Com apenas oito anos de idade, ele escreveu os primeiros versos em cordel. Naquela época, já existia uma forte influência do seu avô, o poeta Patativa do Assaré, conhecido como um dos grandes representantes da cultura popular nordestina, que leu a história. “Eu escrevi algumas estrofes e meu avô teve acesso. Na décima quarta, dizia “se você não acredita, pergunte ao finado João!”. Passada a décima quinta e a décima sexta estrofe, tinha um outro desfecho da história. Meu avô me chamou atenção naquela ocasião e disse “olha, não pode ter dois desfechos num mesmo poema. Só existe um desfecho”. 

Natural da Serra de Santana, comunidade que fica a 18 quilômetros de Assaré, Daniel Gonçalves da Silva, o poeta Daniel, teve sua vida e obra marcada pela forte influência do avô e da simplicidade do lugar onde cresceu, com o cotidiano do homem nordestino. Desde muito cedo, já sabia que queria viver de cultura e cordel. Chegou a ir embora para São Paulo, como muitos nordestinos fazem, em busca de melhores condições de vida, mas o amor pela terra e a vontade de viver de cultura o fez retornar. Ela conta que foi uma experiência interessante. “Aprendi muito sobre a vida e me fez refletir sobre o que eu realmente queria. Eu queria viver de cultura e cordel, e foi esse o aprendizado. Retornei para minha cidade, decidido a viver com o que eu queria”.

O poeta relembra com muita saudade dos tempos em que conviveu com seu avô. “Em 1979, ele veio morar em Assaré (na cidade), por vontade da minha avó, que queria ficar mais próxima da igreja. Eu fiquei na serra, porém, a vida dele era muito apegada ao sítio. Na sexta, ao meio dia, ele subia para a serra e ficava o final de semana, e era quando eu convivia mais com ele. Em 1994, minha avó faleceu e a vida ficou mais difícil para ele. Aí nós tivemos que morar na cidade de Assaré, e foi onde eu fiquei morando na mesma casa que ele”, conta. Daniel é um dos 23 netos de Patativa e se considera um propagador da memória do seu avô.

Além dele, mais alguns primos herdaram o saber dos versos, mas apenas ele enfrentou a cobrança de ser um “poeta neto de Patativa”. A vida no campo é uma de suas fascinações, tanto é que a casa em que seu avô nasceu, de onde fez brotar os versos do avô e, mais tarde, de Daniel, é preservada até hoje, na serra de Santana, com 14 cômodos. “Sempre que posso estou passando por lá e matando a saudade. A casa é aberta para visitação, conhecer um pouco mais sobre a história do Patativa e a poesia que surgiu dali”, afirma. Atualmente, o poeta ganha a vida fazendo cultura. “Eu trabalho de segunda a sexta, na rádio, pela manhã, em um programa chamado “Acorda, sertão!”, onde falo dos meus poemas e do meu avô e de outros da região”, relata.

No currículo, o poeta coleciona inúmeros cordéis e o livro intitulado “Ser tão, sertão: a inspiração continua”, lançado em 2019. Na obra, ele reúne escritos do cotidiano de sua vida. “Fiz um mexido da minha vida. Falo sobre Patativa, sobre o Nordeste, tem sonetos, cordéis, e isso me ajudou demais. Fui criando e no final foi um resultado bem satisfatório”, diz o assareense, que já se prepara para lançar dois cordéis, em setembro e outubro, e um novo livro só de cordéis para lançar em 2022. “Esse será apenas de cordel, também trazendo o cotidiano do homem do campo”, destaca. Este ano, Daniel está no Arte da Palavra, projeto do Sesc, onde conta histórias da cultura e da vida no interior. O objetivo é estimular a leitura por meio de bate-papo entre autores, apresentações artísticas relacionadas às letras e oficinas de criação literária.

Fonte:www.jornaldocariri.com.br
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Cícero Ferreira Lima, filho de Raimundo Nonato e Telma Ferreira, nasceu no dia 06 de Julho de 1970. E casado com Vanusa Alcântara e pai de Bruno Ferreira, músico profissional e acadêmico de odontologia. Cicero foi criado na região central da cidade, pois sua mãe, era dona de um restaurante no Mercado Central, onde trabalhava diariamente a onde acolhia os filhos quando voltavam da escola. Cícero, desde criança, gostava do Mercado onde fazia suas piruetas, mas por ser muito curioso, aproveitava a maior parte do tempo observando e até manuseando os novos aparelhos eletrônicos que apareciam, trazidas por camelôs ou pelas lojas de eletrodoméstico. Iniciou no ramo ligado a tecnologia fazendo gravações e reproduções em fitas K7 das músicas que faziam sucesso em discos ou pelas bandas musicais, que ele gravava ao vivo nas festas que acontecidas na cidade. Com o aparecimento das antenas parabólicas tronou-se um especialista na montagem daqueles equipamentos, montando este equipamento nas residências de vários municípios da região. No entanto, ao tomar intimidade com uma câmera fotográfica, sentiu que levava jeito para retratar profissionalmente todos os objetivos para onde direcionasse a objetiva. Neste mesmo período, nos anos de 1990, surgiram no mercado as famosas câmeras videocassete. Desta época em diante, muda de fotógrafo para cinegrafista, fazendo cursos por correspondência para melhor manusear aquele equipamento. Ao adquirir os equipamentos, passou a viver exclusivamente desta arte. Mas, além das filmagens que fazia por encomendas, (casamentos, aniversários, batizados etc.) Cícero passou a filmar para arquivo pessoal e hoje históricos, o Assaré com suas riquezas. No seu arquivo pessoal guarda imagens das festas populares na cidade e na zona rural, competições esportivas, vaquejadas, artistas populares no meio da feira, momentos religiosos e tantas outras manifestações do povo. Querendo um canal para veicular o seu trabalho, fundou com João Varjota a TV Assaré Online. Desfeita a socieda, criou a TV Quixabeira do Assaré, um meio de comunicação que coleciona uma larga audiência, diante da sua legião de ouvintes. Cuidadoso com a sua profissão, Cícero Ferreira adquire constantemente novos equipamentos de filmagem a edição para dá maior qualidade ao seu trabalho. Suas câmeras são todas profissionais. Membro de uma família musical, Cícero é músico profissional. Toca trombone e por muitos anos fez parte da Banda Manuel de Benta de Assaré.

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