Pai de Henry Borel conta que filho havia lhe contado sobre agressões: ''o tio me machuca''

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A mãe e a avó de Henry disseram ao pai que as agressões não aconteciam

Legenda: O garoto morreu no dia 8 de março, com diversos hematomas e laceração hepática
Foto: Reprodução

O pai de Henry, Leniel Borel, desconfiava que o filho era agredido e questionava à mãe do garoto, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva.  Ela e o namorado, o vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho, foram presos na manhã desta quinta-feira (8) por envolvimento na morte do garoto. 

Segundo as investigações, Henry era agredido pelo vereador com bandas, chutes e pancadas na cabeça. Monique tinha conhecimento da violência desde o dia 12 de fevereiro, pelo menos. A babá do garoto havia alertado à mãe sobre as agressões. 

Em entrevista ao Jornal O Globo, Leniel contou que o filho havia lhe contado que Dr. Jairinho o machucava, em uma ligação realizada em 3 de março, cinco dias antes da morte, mas a mãe e a avó materna do garoto o disseram que isso não acontecia. 

"Ele atendeu todo tristinho. Eu perguntei o que houve. Ele me disse: 'Papai, eu não quero ficar na casa nova da mamãe'. Eu perguntei o que tinha acontecido, e ele respondeu: 'O tio me machuca'. Ele estava perto da avó e da babá", conta Leniel sobre uma ligação com o filho, ainda este ano. 

O pai decidiu então falar com a ex-sogra e a babá: "Vocês estão vendo aí que não é coisa da minha cabeça? Vocês não falam que sou eu que estou manipulando o Henry para falar isso?" -  lembra ele. 

Segundo Leniel, a mãe de Monique desacreditou do que falou Henry e disse: "Leniel, esquece isso. O Henry é muito inteligente! Ele está fazendo isso por causa da nova casa, pois ele não quer ficar lá. Inclusive a Thayná está do meu lado e disse que ela fica com o Henry o dia inteiro e só sai quando a Monique chega. Quando a Monique chega, ela dorme com ele'.

Na tentativa de descobrir a verdade, Leniel decidiu procurar apoio psicológico para o filho. "A busca pela psicóloga parecia ser a solução. Eu fui na primeira sessão com ela. Eu pensei: 'Beleza, ele (Henry) não falou comigo, mas vai falar com a psicóloga'. Em nenhum momento ela falou que ele tinha comentado sobre agressão", contou Borel. 

Na mesma semana, Leniel descobriu que Henry também contou para Monique que Dr. Jairinho o machucava. Em uma ligação, o pai respondeu que já havia comentado sobre o assunto com a mãe da ex-mulher. E ela respondeu: 'Tira isso da  cabeça que isso não acontece. Inclusive, a Thayná só sai quando eu pego o Henry. Ele passa poucos momentos em contato com Jairinho, porque ele chega muito tarde da Câmara'.

Leniel contou ao jornal que, a partir daquele momento, começou a examinar o corpo do filho e conversar mais com ele sobre o convívio com Dr. Jairinho. Ele lembra que no dia 6 de março, o último sábado que passou com o filho, pegou a criança no apartamento de Jarinho e Monique, na Barra da Tijuca, e percebeu que o menino tinha um arranhão no nariz.

"Perguntei a ele o que era aquilo. Ele me respondeu: 'Papai, eu não sei", lembra.  Leniel acredita que o filho era ameaçado para não contar nada sobre as agressões.

TORTURA

Os investigadores afirmam que Henry foi assassinado com emprego de tortura e sem chance de defesa. O inquérito aponta que Henry chegou a casa da mãe por volta de 19h20 de 7 de março, um domingo, após passar o fim de semana com o pai. 

foto
Legenda: Monique foi presa nesta quinta-feira (8)
Foto: Reprodução

Conforme o depoimento prestado pelo pai de Henry na delegacia, a mãe da criança teria ligado para ele por volta das 4h30 de 8 de março e comunicado o incidente. Segundo Leniel, Monique teria dito que encontrou o filho com os olhos revirados e com dificuldade de respirar e o teria levado ao hospital. 

Henry foi levado ao hospital pela mãe e pelo padrasto Dr. Jairinho. O menino chegou na unidade de saúde sem vida, com hemorragia interna, laceração hepática, contusões e edemas.

A versão utilizada por Jairinho e Monique, de um acidente, foi desacreditada pelos policiais após o laudo médico feito após duas autópsias do corpo da criança. A perícia descreve múltiplos hematomas em diferentes áreas do corpo. 

Os celulares do casal e outros envolvidos no caso foram apreendidos no início das investigações. A polícia descobriu que Dr. Jairinho e Monique apagaram conversas de seus telefones e suspeitam que tenham trocado de aparelho. A partir de um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, foi possível recuperar o conteúdo. 

COMPORTAMENTO DO CASAL 

O vereador tem um histórico de violência. A polícia investiga se ele agrediu duas crianças, filhos de suas ex-namoradas. Uma das crianças, hoje com 13 anos, prestou depoimento à polícia e contou sobre agressões que sofreu quando tinha cinco anos.

Dr. Jairinho, suspeito de matar o menino Henry Borel, momentos antes de levar tapa
Legenda: O vereador foi cercado por manifestantes na saída da delegacia
Foto: Reprodução/TV Globo

Depois da morte do menino, Dr. Jairinho telefonou para o governador Claudio Castro (PSC) e relatou o ocorrido, segundo o jornal O Globo. Castro afirmou ter dito que o caso seria investigado pelas autoridades responsáveis, sem interferências. Há relatos de que o vereador teria procurado outras autoridades.

Monique também chamou atenção dos policiais por seu comportamento após a morte do filho. Antes de ir à delegacia, no início das investigações, ela trocou de roupa duas vezes até escolher um modelo branco. 

No dia seguinte ao enterro, ela passou a tarde no salão de beleza para fazer as unhas e o cabelo.

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Cícero Ferreira Lima, filho de Raimundo Nonato e Telma Ferreira, nasceu no dia 06 de Julho de 1970. E casado com Vanusa Alcântara e pai de Bruno Ferreira, músico profissional e acadêmico de odontologia. Cicero foi criado na região central da cidade, pois sua mãe, era dona de um restaurante no Mercado Central, onde trabalhava diariamente a onde acolhia os filhos quando voltavam da escola. Cícero, desde criança, gostava do Mercado onde fazia suas piruetas, mas por ser muito curioso, aproveitava a maior parte do tempo observando e até manuseando os novos aparelhos eletrônicos que apareciam, trazidas por camelôs ou pelas lojas de eletrodoméstico. Iniciou no ramo ligado a tecnologia fazendo gravações e reproduções em fitas K7 das músicas que faziam sucesso em discos ou pelas bandas musicais, que ele gravava ao vivo nas festas que acontecidas na cidade. Com o aparecimento das antenas parabólicas tronou-se um especialista na montagem daqueles equipamentos, montando este equipamento nas residências de vários municípios da região. No entanto, ao tomar intimidade com uma câmera fotográfica, sentiu que levava jeito para retratar profissionalmente todos os objetivos para onde direcionasse a objetiva. Neste mesmo período, nos anos de 1990, surgiram no mercado as famosas câmeras videocassete. Desta época em diante, muda de fotógrafo para cinegrafista, fazendo cursos por correspondência para melhor manusear aquele equipamento. Ao adquirir os equipamentos, passou a viver exclusivamente desta arte. Mas, além das filmagens que fazia por encomendas, (casamentos, aniversários, batizados etc.) Cícero passou a filmar para arquivo pessoal e hoje históricos, o Assaré com suas riquezas. No seu arquivo pessoal guarda imagens das festas populares na cidade e na zona rural, competições esportivas, vaquejadas, artistas populares no meio da feira, momentos religiosos e tantas outras manifestações do povo. Querendo um canal para veicular o seu trabalho, fundou com João Varjota a TV Assaré Online. Desfeita a socieda, criou a TV Quixabeira do Assaré, um meio de comunicação que coleciona uma larga audiência, diante da sua legião de ouvintes. Cuidadoso com a sua profissão, Cícero Ferreira adquire constantemente novos equipamentos de filmagem a edição para dá maior qualidade ao seu trabalho. Suas câmeras são todas profissionais. Membro de uma família musical, Cícero é músico profissional. Toca trombone e por muitos anos fez parte da Banda Manuel de Benta de Assaré.

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