Desde terça-feira, a exigência de vistos para ingressar no país do leste europeu está suspensa para quem quiser ajudar na guerra
Os conflitos no leste europeu completaram uma semana, nesta quarta-feira (2), na Ucrânia. A invasão da Rússia no país ocorreu na madrugada da última quinta-feira (24), e cidades como Kiev viraram cenário de destruição. Até o momento, estima-se que mais de 500 mil pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos.
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Desde terça-feira (1), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, abriu as fronteiras para quem quiser ajudar na guerra. Assim, a exigência de vistos para ingressar no país do leste europeu está suspensa temporariamente.
Em meio ao conflito, a Embaixada do Brasil chegou a recomendar que cidadãos brasileiros localizados em Kiev, capital da Ucrânia, deixassem a cidade com urgência na terça-feira (1). A instituição tem publicado no grupo do Telegram informações sobre horários de trens em funcionamento.
O Diário do Nordeste traz a cobertura em tempo real dos acontecimentos mais importantes que desenham esse período dramático da história global.
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Novos ataques com bombas em Kharkiv deixam ao menos quatro mortos
Bombardeiros russos contra a sede dos serviços de segurança e uma universidade nesta quarta-feira (2), em Kharkiv, deixaram, até agora, pelo menos quatro mortos e nove feridos.
"Até o momento, 10 pessoas foram retiradas dos escombros. O balanço provisório é de quatro mortos e nove feridos", detalharam os serviços de emergência nas redes sociais.
As equipes de emergência mobilizaram 21 veículos e 90 pessoas para controlar os incêndios e atender as vítimas em Kharkiv, que voltou a ser alvo de uma ofensiva das forças russas.
Quase 836 mil pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, diz ONU
Um balanço da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta quarta-feira (2) informa que 835.928 refugiados fugiram da Ucrânia desde o início da invasão do exército russo.
O número já é superior ao informado nessa terça-feira (1º) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que apontou ser 677 mil o número de pessoas que cruzaram as fronteiras do país, isto é, uma aumento de quase 160 mil refugiados.
Dos mais de 835 mil, 453.982 estão na Polônia, que é o principal país de recepção e tem laços históricos com a Ucrânia, com uma grande comunidade de migrantes. Depois aparece a Hungria, que recebeu 116.348 migrantes. A Eslováquia recebeu 67 mil refugiados, 8% do total, e a Rússia outras 42.900 pessoas.
Espanha enviará 'material militar ofensivo' para 'resistência ucraniana'
O socialista Pedro Sánchez, presidente da Espanha, anunciou nesta quarta-feira (2) que o país "vai entregar material militar ofensivo para a resistência ucraniana".
Até então, Sánchez afirmava que Madri contribuiria para a defesa da Ucrânia, alvo de invasão russa, apenas por meio de um fundo da União Europeia.
Em sua ida ao Parlamento para explicar a posição da Espanha e da União Europeia diante da invasão russa da Ucrânia, Sánchez acusou duramente o presidente russo, Vladimir Putin.
"O presidente Putin não aceita a consolidação global da UE, cujos valores são opostos ao regime que impôs na Rússia", disse Sánchez.
Tropas russas chegam a Kharkiv e atacam hospital
Tropas russas desembarcaram nesta quarta-feira (2) em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, e anunciaram que tomaram o controle de Kherson, no sétimo dia da invasão ordenada por Vladimir Putin.
"Tropas aéreas russas desembarcaram em Kharkiv e atacaram um hospital", informou o exército ucraniano em um comunicado divulgado no Telegram.
A nota acrescenta ainda que "há um combate em curso entre os invasores e os ucranianos".
Maior banco da Rússia anuncia saída do mercado europeu
O grupo Sberbank, principal banco da Rússia, anunciou nesta quarta-feira (2) a saída do mercado europeu, diante das duras sanções ocidentais que enfrenta em represália pela invasão da Ucrânia.
"Na situação atual, o Sberbank decidiu se retirar do mercado europeu", afirma o banco em um comunicado divulgado por agências de notícias russas.
As filiais europeias do banco enfrentam "saídas irregulares de fundos e ameaças à segurança de seus funcionários e agências", acrescenta o comunicado.
Também afirma que o Sberbank não está em condições de aportar liquidez a suas filiais europeias devido a um dispositivo do Banco Central russo.
O banco está presente em oito países europeus: Alemanha, Áustria, Croácia, República Tcheca, Hungria, Eslovênia, Sérvia e Bósnia Herzegovina.
Barril de petróleo WTI supera 110 dólares por guerra na Ucrânia
O preço do barril de petróleo WTI superou a barreira de 100 dólares nesta quarta-feira (2), em um momento de grande preocupação com o abastecimento mundial devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A cotação do barril de WTI subiu 6,5%, a 110,18 dólares, poucas horas depois que o barril de Brent alcançou o mesmo nível.
Esta é a maior cotação desde 2013 para o WTI e o maior preço para o Brent desde 2014.
Os dois principais indicadores de preços de petróleo estão em alta desde que a Rússia - terceiro maior produtor de petróleo do mundo - invadiu a Ucrânia na semana passada, desencadeando uma série de sanções contra Moscou, o que bloqueia as exportações.
Rússia quer "apagar" a Ucrânia e sua história, afirma Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, acusou nesta quarta-feira (2) Moscou de querer "apagar" seu país e sua história, após a invasão ordenada pelo presidente russo Vladimir Putin na semana passada.
"Eles têm a ordem de apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós", afirmou em um vídeo, no qual pediu aos países que não permaneçam neutros no conflito.
Tropas russas aerotransportadas desembarcam em Kharkov
Tropas russas transportadas por via aérea desembarcaram em Kharkov na madrugada desta terça para quarta-feira (2), informou o exército ucraniano, citando combates em andamento nesta grande cidade no leste do país.
"Tropas aéreas russas desembarcaram em Kharkov e atacaram um hospital" local, afirmaram os militares ucranianos em comunicado no Telegram.
Kharkov, a segunda maior cidade ucraniana com 1,4 milhão de habitantes e próxima à fronteira com a Rússia, sofreu bombardeios na véspera que deixaram pelo menos 10 mortos e mais de 20 feridos, segundo as autoridades locais.
Ucrânia registra pelo menos 136 mortos e 400 feridos segundo a ONU
A Ucrânia já registra 136 mortos durante os combates na Guerra na Ucrânia desde a última quinta-feira (24) e outros 400 feridos. Segundo a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Liz Throssell, entre as vítimas que vieram a óbito estão 13 crianças.
"Estas são apenas as vítimas que pudemos verificar, e o número real provavelmente será muito maior", disse Throssell.
Anteriormente, o Ministério do Interior da Ucrânia havia divulgado números mais altos, dizendo que 352 civis morreram e 1.684 ficaram feridos desde a invasão russa. As informações são do g1.
EUA vão liberar 30 milhões de barris de petróleo para frear aumento do produto
O presidente estadunidense, Joe Biden, nesta terça-feira (1), o líder apontou que os Estados Unidos irão liberar 30 milhões de barris de petróleo de sua reserva estratégica. A decisão foi tomada em conjunto com outros 30 países buscando estabilizar o mercado após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Biden declara isolamento de Putin com o resto do mundo: 'está mais isolado do que nunca'
Durante discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta terça-feira (1), o líder estadunidense apontou que o mundo isolou Vladimir Putin por enviar forças russas para a Ucrânia. Biden ainda enfatizou que as sanções devastadoras "irão minar" a economia da Rússia e enfraquecer o seu Exército.
"Putin está agora mais isolado do mundo do que nunca", disse Biden aos congressistas, em seu primeiro discurso do Estado da União, acrescentando que o líder russo "não tem nem ideia do que está por vir" em termos de sanções econômicas.
Dentre algumas das medidas, está a liberação de 30 milhões de barris de petróleo da reserva estratégica dos Estados Unidos. Essa decisão foi tomada como parte de um esforço internacional para estabilizar o mercado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, explicou Biden.
Belarus, aliado da Rússia, mobilizará mais tropas na fronteira com Ucrânia
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, anunciou nesta terça-feira uma ordem para mobilizar tropas adicionais na fronteira sul com a Ucrânia, no sexto dia de invasão russa a este último país. O presidente, aliado da Rússia, optou pelo envio adicional de "cinco tropas táticas de batalhão para proteger essa localidade sul", o que representa centenas de soldados com blindados e armas de artilharia.
A segurança da fronteira é garantida atualmente por helicópteros e aviões militares mobilizados nas localidades de Gomel, Baranavichi e Luninets, informou Lukashenko em reunião do conselho de segurança de Belarus, segundo a agência de notícias pública Belta.
Cidade de Zhytomyr registrou bombardeiros que deixaram ao menos 4 mortos
O governo ucraniano divulgou que um bombardeio russo deixou ao menos 4 mortos, entre eles uma criança, segundo o g1. O ataque aconteceu em uma área residencial da cidade de Zhytomyr, ao norte da Ucrânia, mas bombeiros logo foram ao local para controlar as chamas.
Nesta terça-feira (1), a Rússia alertou os moradores da capital Kiev a fugir de suas casas. As autoridades locais que o bombardeio de áreas urbanas representa uma mudança de tática após o ataque de seis dias ter diminuído.
Rússia ameaça bloquear Wikipedia de língua russa por conta de um artigo sobre invasão
Nesta terça-feira (1), a Wikipedia relatou que as autoridades da Rússia ameaçaram bloquear o site de língua russa da Wikipedia. Isso porque foi publicado um artigo em russo intitulado "Invasão russa da Ucrânia (2022)". No texto são mencionadas as mortes entre civis ucranianos, assim como a entrada das forças russas na Ucrânia.
Segundo o g1, entre as "informações distribuídas ilegalmente" de que o aviso se queixou estavam "relatos sobre inúmeras baixas entre o pessoal de serviço da Federação Russa e também a população civil da Ucrânia, incluindo crianças".
Estados Unidos se preparam para banir voos da Rússia
O governo dos Estados Unidos se prepara para banir os voos da Rússia no país estadunidense. O anúncio da proibição de aviões russos no espaço aéreo ainda será divulgado, segundo a agência de notícias Reuters, que utilizou fontes do governo e do setor aéreo.
Ucrânia deve receber US$ 3 bilhões do Banco Mundial
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, declarou que a organização deve destinar cerca de US$ 3 bilhões em pacote de ajuda para a Ucrânia, incluindo pelo menos US$ 350 milhões em fundos imediatos. O comunicado foi dado juntamente com a chefe do FMI, Kristalina Georgieva.
Imprensa de Kiev relata novas explosões nas imediações da capital ucraniana
O portal Kyiv Independent apontou que novos bombardeios russos aconteceram em Vyshneve a 30 minutos da capital ucraniana. O site, que cita o Serviço Estatal de Comunicações, detalhou ainda que os bairros de Rusanivka, Kurenivka, Boiarka e a área próxima ao aeroporto internacional de Kiev foram atacadas.
'Imparcialidade' não se aplica quando se sabe quem é o agressor, diz diplomata da Ucrânia no Brasil
Encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, deu essa resposta durante entrevista na sede da embaixada, em Brasília, ao ter sido questionado sobre declaração do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, a respeito da fala do presidente Jair Bolsonaro sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Preços do milho e trigo batem recordes após invasão à Ucrânia
Os preços do milho e do trigo bateram recordes no fechamento dos mercados europeus nesta terça-feira (1°), situando-se, respectivamente, em US$ 389,63 e US$ 377 a tonelada para entrega neste mês.
Além dos cereais, o preço do petróleo também disparou devido ao conflito no leste europeu.
Governo ucraniano pede à Rússia que não destrua Catedral de Santa Sofia, em Kiev
De acordo com informações recolhidas pelos serviços de inteligência ucranianos, a Catedral de Santa Sofia está na mira dos ataques russos. A Embaixada da Ucrânia no Vaticano pediu, nesta terça-feira (1º), ao governo russo que não destruísse o templo, que é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco.
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