Violência contra mulheres e a fama do agressor: onde está nossa humanidade?

 

DJ Ivis
Legenda: Mesmo após virem à tona cenas de agressão contra mulher, DJ Ivis ampliou largamente seus seguidores nas redes sociais
Foto: Reprodução/Instagram

A segunda-feira chegou com imagens aterradoras de uma grave violência de gênero. Uma mulher sendo violentada dentro de casa na frente de sua filha, uma criança de apenas nove meses. O agressor era o então marido da vítima e pai da criança que presenciou a cena.

As cenas brutais viralizaram na internet ainda na noite de domingo. A comoção foi imediata e não havia como ser diferente. Passado o susto, descobre-se que o agressor é um DJ com certa fama. Paraibano, radicado aqui no Ceará, que trabalha com produção musical de artistas de repercussão nacional. 

A comoção foi imediata. De um lado, a vítima recebia toda a congratulação por sua força e coragem. Ela publicou as imagens em seu perfil pessoal de uma rede social, expondo sua intimidade para toda a comunidade da internet. E denunciou o agressor, solicitando ainda uma medida protetiva.

Sim, uma mulher forte e inspiradora que não se calou frente ao machismo estrutural que mata mulheres diariamente. 

Do outro, o agressor que, de imediato, já atacou a vítima. Publicou imagens descontextualizadas, tentado creditá-la como louca. Um dos clássicos mecanismos de silenciamento que o machismo utiliza. Além disso, acionou a Justiça, tentando impedi-la de falar publicamente sobre o assunto.

Ainda assim, o homem, conhecido como DJ Ivis, ampliou largamente seus seguidores nas redes sociais. Quando as imagens foram divulgadas, ele tinha 720 mil seguidores. Até esta quarta, eram 934 mil. O número superou 950 mil e depois iniciou um recuo.

A pergunta que me fiz e compartilho com vocês: o que faz as pessoas seguirem este homem? Que nível de adoecimento e embrutecimento nossa sociedade vive? Onde está nossa humanidade? Violência não gera o tal cancelamento?

Uma das hipóteses para esse aumento de seguidores seria o fato de as pessoas quererem acompanhar o desfecho. Mas é realmente necessário ouvir do agressor uma justificativa para ele ter batido em uma mulher, com o agravante de tê-lo feito na frente da filha deles? 

Cena de agressão de Dj Ivis contra Pamella Holanda
Legenda: Pamella Holanda foi agredida na frente da filha e da mãe
Foto: Reprodução

O mundo virtual nos pede cuidados. As redes sociais entendem que, quando seguimos uma personalidade, curtimos ou compartilhamos seu conteúdo, aquele perfil está gerando “engajamento”. Assim sendo, esses perfis ganham mais visibilidade. Ou seja, quando agimos assim estamos valorizando aquela pessoa. É realmente isso que queremos? 

Penso que não. Penso que precisamos – ao contrário do imediatismo que as redes sociais tenta nos impor – entender os processos e agir rumo a uma sociedade mais empática. O machismo é grave, e gera diversas violências. Nas imagens divulgadas, o agressor violenta a ex-esposa, a filha, a mãe da vítima e cada uma das mulheres que assistiu ao vídeo.

Não vamos dar palco ao machismo e à violência contra as mulheres, vamos construir um mundo mais justo, com uma rede de acolhimento tão necessária para que cheguemos à equidade de gênero.

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.

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Cícero Ferreira Lima, filho de Raimundo Nonato e Telma Ferreira, nasceu no dia 06 de Julho de 1970. E casado com Vanusa Alcântara e pai de Bruno Ferreira, músico profissional e acadêmico de odontologia. Cicero foi criado na região central da cidade, pois sua mãe, era dona de um restaurante no Mercado Central, onde trabalhava diariamente a onde acolhia os filhos quando voltavam da escola. Cícero, desde criança, gostava do Mercado onde fazia suas piruetas, mas por ser muito curioso, aproveitava a maior parte do tempo observando e até manuseando os novos aparelhos eletrônicos que apareciam, trazidas por camelôs ou pelas lojas de eletrodoméstico. Iniciou no ramo ligado a tecnologia fazendo gravações e reproduções em fitas K7 das músicas que faziam sucesso em discos ou pelas bandas musicais, que ele gravava ao vivo nas festas que acontecidas na cidade. Com o aparecimento das antenas parabólicas tronou-se um especialista na montagem daqueles equipamentos, montando este equipamento nas residências de vários municípios da região. No entanto, ao tomar intimidade com uma câmera fotográfica, sentiu que levava jeito para retratar profissionalmente todos os objetivos para onde direcionasse a objetiva. Neste mesmo período, nos anos de 1990, surgiram no mercado as famosas câmeras videocassete. Desta época em diante, muda de fotógrafo para cinegrafista, fazendo cursos por correspondência para melhor manusear aquele equipamento. Ao adquirir os equipamentos, passou a viver exclusivamente desta arte. Mas, além das filmagens que fazia por encomendas, (casamentos, aniversários, batizados etc.) Cícero passou a filmar para arquivo pessoal e hoje históricos, o Assaré com suas riquezas. No seu arquivo pessoal guarda imagens das festas populares na cidade e na zona rural, competições esportivas, vaquejadas, artistas populares no meio da feira, momentos religiosos e tantas outras manifestações do povo. Querendo um canal para veicular o seu trabalho, fundou com João Varjota a TV Assaré Online. Desfeita a socieda, criou a TV Quixabeira do Assaré, um meio de comunicação que coleciona uma larga audiência, diante da sua legião de ouvintes. Cuidadoso com a sua profissão, Cícero Ferreira adquire constantemente novos equipamentos de filmagem a edição para dá maior qualidade ao seu trabalho. Suas câmeras são todas profissionais. Membro de uma família musical, Cícero é músico profissional. Toca trombone e por muitos anos fez parte da Banda Manuel de Benta de Assaré.

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