Escrito por Redação, metro@svm.com.br
Os detalhes de quando e como será a distribuição, devido à necessidade de refrigeração especial, serão discutidos junto à secretaria com cada município
A Secretaria da Saúde (Sesa) aprovou uma lista com 26 cidades do Ceará que poderão receber doses da vacina Pfizer/Comirnaty contra a Covid-19, no intuito de ampliar a Campanha Nacional de Vacinação no Estado.
Até então, devido às condições de armazenamento do imunizante a baixas temperaturas, o Ministério da Saúde havia recomendado a distribuição inicial dele somente entre as capitais.
O documento que lista as cidades tem o aval da Comissão Intergestores Bipartitite (CIB-CE) e foi asisnado pelo Secretário Estadual da Saúde, Dr. Cabeto, e a vice-presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems), Sayonara Cidade.
Os detalhes sobre como será realizada a operacionalização das doses nas localidades, bem como a data de envio das vacinas e a quantidade de imunizantes serão discutidos com cada município.
No entanto, no último dia 12, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) forneceu apoio - em uma carta de intenção enviada ao Governo juntamente com os municípios de Aquiraz, Eusébio, Itaitinga e Horizonte - para armazenar doses da Pfizer na sua sede local, situada no Eusébio.
A Sesa informou que haverá reunião na tarde desta quarta-feira (19) para divulgar mais informações sobre a vacinação com a Pfizer no Ceará.
Segundo o documento, além de Fortaleza, estão aptos a receberem a vacina as cidades:
- Acaraú
- Aquiraz
- Aracati
- Barbalha
- Baturité
- Brejo Santo
- Camocim
- Canindé
- Caucaia
- Crateús
- Crato
- Eusébio
- Horizonte
- Itaitinga
- Juazeiro do Norte
- Icó
- Iguatu
- Itapipoca
- Limoeiro do Norte
- Maracanaú
- Quixadá
- Russas
- Sobral
- Tauá
- Tianguá
Segundo o imunologista e professor do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Ceará (UFC), Edson Teixeira, a disseminação da Pfizer vai auxiliar no processo de vacinação dos municípios, visto que, atualmente, estão havendo atrasos no fornecimento da CoronaVac no País e há a suspensão da AstraZeneca em gestantes e puérperas.
“Se há essas vacinas disponíveis é importante que a gestão estadual faça esses remanejamentos para que ocupe as equipes e garanta a imunização dessas pessoas o mais rapidamente possível”, explica.
Além disso, Edson ressalta que é preciso ter muito cuidado no armazenamento dessas doses, visto que a tecnologia utilizada para criar a vacina da Pfizer é muito nova, criada a partir de um ácido nucleico - RNA Mensageiro - que deve ser mantido a baixas temperaturas para manter a sua capacidade de estímulo à resposta imunológica.
Tem que se tomar todos os cuidados, visto que nós não podemos perder doses nesse momento tão crítico da nossa situação sanitária”EDSON TEIXEIRAImunologista e professor da UFC
De acordo com atualização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os frascos da vacina devem ser mantidos em temperaturas de -90 ºC a -60 ºC, mas podem ficar armazenados entre -25 ºC e -15 ºC durante duas semanas. Caso sejam retirados do congelamento, a orientação é que permaneçam entre 2 ºC e 8 ºC por até cinco dias.
VACINAÇÃO NO CEARÁ
O especialista Edson Teixeira destaca ainda que, apesar de o processo de vacinação no Estado estar ocorrendo na mesma proporção que as vacinas tem chegado, ele tem acontecido de maneira lenta devido à falta de imunizantes suficientes no Brasil.
"Temos capacidade para produzir um maior número de aplicações, mas infelizmente, diante do quadro que se estabeleceu desde o início da pandemia, nós não temos vacinas suficientes para chegar a 2,5 milhões de vacinados por dia no país", expõe.
Até o dia 17, segundo a Secretaria da Saúde, 2.426.479 doses de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no Ceará. Destas, 1.516.820 foram destinadas à primeira dose e outras 909.659 à segunda. Já em Fortaleza, 502.508 imunizantes foram aplicadas na D1 e 309.190 na D2.
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