É cedo para dizer se acompanharia Bolsonaro em novo partido, sugere Heitor Freire
Mesmo vaiado, Freire discursou rapidamente e pregou a união no Ceará (Foto: Reprodução / Assessoria)
Em 04/11/2019 às 10:54
No último sábado (2) o governador Camilo Santana (PT) dividiu o palanque pela primeira vez com os dois principais expoentes da oposição, os deputados André Fernandes e Heitor Freire, do PSL. O evento foi para a entrega de 1.760 unidades do Minha Casa Minha Vida, em Fortaleza, com a presença do Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canutto.
Mesmo vaiado, Freire discursou rapidamente e pregou a união no Ceará. "As eleições já passaram, governador é meu adversário político, não ideológico", disse em entrevista ao Miséria neste domingo (3). As unidades habitacionais são um programa do Governo Federal, Heitor foi convidado por Camilo a comparecer na solenidade.
A postura de Heitor assemelha-se ao modo com que Camilo Santana trata as relações institucionais em Brasília. "Não votei no Bolsonaro, faço oposição ao governo, mas temos que lembrar que ele foi eleito, temos que dialogar", repete o governador em entrevistas.
"No fim da linha está o povo cearense e eles não podem ficar a mercê de brigas políticas, todos temos que baixar a guarda e trabalhar duro", completa Heitor, que recentemente foi acusado de vazar uma conversa com o presidente. Ele assume que se encontrou com Bolsonaro, mas diz que não é o responsável pelo compartilhamento do áudio.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record, neste domingo (3), Bolsonaro afirmou que as chances de deixar o PSL são de 80%, com possibilidade ainda maior de criar outro partido. Sobre a possível saída do partido para acompanhar o presidente, Heitor diz que ainda é cedo para comentar.
André Fernandes
De forma mais discreta, o deputado estadual André Fernandes não discursou no evento em, Fortaleza. Semanalmente, mantém postura incisiva contra as ações do governo do estado, principalmente através de vídeos publicados em redes sociais. O deputado estreante já chamou Camilo de "frouxo" durante o período de ataques orquestrados por facções no início do ano.
Por Felipe Azevedo/ Agência Miséria
Miséria.com.br
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